Rizotomia por radiofrequência: recomendações e cuidados

agosto 10, 2022

O que você vai encontrar neste artigo:

A rizotomia por radiofrequência é um procedimento minimamente invasivo para tratamento da coluna. Também é conhecida como rizotomia percutânea por radiofrequência e entrega bons resultados.

Aqui, você confere o que é rizotomia por radiofrequência, quais são suas principais recomendações, cuidados e outras informações importantes sobre esse procedimento médico.

O que é rizotomia por radiofrequência?

A rizotomia por radiofrequência é um procedimento minimamente invasivo que tem como objetivo aliviar a dor na coluna. Pode ser realizada na coluna lombar, na dorsal e na cervical.

Ela é feita com anestesia local e sedação leve, mantendo o paciente acordado. Então, é feito o acesso ao local e aplicado uma corrente elétrica de alta frequência por meio de eletrodos, que são agulhas.

Essa corrente elétrica desativa os nervos que são responsáveis pelo estímulo da dor, para interromper seu ciclo. Como resultado, tem-se um alívio da dor que pode durar meses ou anos, dependendo do caso.

Um detalhe importante: trata-se de uma solução paliativa para a dor, portanto, não dura para sempre. Isso acontece porque os nervos conseguem se regenerar por completo com o passar do tempo.

Para ter melhores resultados a longo prazo, o médico pode indicar que o paciente faça tratamentos paralelos durante esse período, como fisioterapia e fortalecimento muscular.

Quais são os tipos de rizotomia?

Existem dois tipos de rizotomia, sendo um deles feito por radiofrequência. Essa alternativa é a mais comum, realizada com um equipamento de alta tecnologia gerador de radiofrequência.

Outro tipo é a rizotomia química, que é feita com uma injeção de agentes químicos para inativação da raiz nervosa. Tem a mesma finalidade da rizotomia por radiofrequência, mas costuma ser menos realizada.

Recomendações da rizotomia por radiofrequência

A recomendação principal do procedimento é para alívio da dor crônica na coluna sem motivo aparente e sem melhora do quadro.

Além disso, também é uma opção quando o paciente não tem resultados satisfatórios com um tratamento conservador, que envolve o uso de medicamentos, fisioterapia e RPG, por exemplo.

O procedimento costuma ser mais indicado para pacientes que não apresentam alterações na coluna, como a hérnia de disco. No entanto, também pode ser feito por aqueles que têm alterações, mas não estão aptos para cirurgias que resolveriam o problema de modo definitivo.

Vale ressaltar que a rizotomia por radiofrequência também é uma alternativa para tratamento de artrite e artrose facetária, aliviando a dor provocada por ambas.

Rizotomia por radiofrequência: como é feita?

O paciente recebe anestesia local e sedação, permanecendo acordado durante todo o tempo, o que dá maior segurança ao procedimento.

O médico especialista introduz na pele do paciente, próximo ao local da articulação, agulhas bem finas e com eletrodo nas pontas. Elas são ligadas a um aparelho de radioscopia, que permite identificar com precisão o nervo a ser atingido e desativado.

Quando a agulha estiver sobre esse nervo, ele será cauterizado (queimado) por radiofrequência. Portanto, será desativado e deixará de avisar o cérebro sobre a dor na região.

Como é o pós-procedimento?

O pós da rizotomia percutânea é simples! Cerca de 4 horas após o procedimento, o paciente é liberado. Portanto, não há necessidade de internação e é possível sair do hospital no mesmo dia.

O médico responsável pelo caso avalia as condições do paciente, mas é comum que volte à sua rotina regular em poucos dias, sem necessidade de permanecer em repouso por muito tempo.

Os resultados do procedimento podem demorar algumas semanas para aparecer, por isso não estranhe se nos primeiros dias ainda estiver com dor. É importante fazer o acompanhamento com o médico para sanar eventuais dúvidas que surgirem.

Os pacientes relatam uma melhora significativa com a rizotomia, mas é importante ressaltar que não é possível garantir que eliminará 100% de sua dor. Depende muito de cada caso do paciente.

Mesmo assim, é um procedimento que melhora bastante a qualidade de vida.

Quando procurar ajuda?

Recomenda-se que o paciente procure ajuda quando identificar dor persistente, que não melhora com o tempo ou que piora ao longo dos dias.

É importante esclarecer que nem toda dor na coluna tem como um de seus tratamentos a rizotomia por radiofrequência. Tudo depende da causa desse sintoma e um médico deverá ser consultado para fazer o diagnóstico e indicação do tratamento, podendo ser um ortopedista, um neurocirurgião ou outro profissional médico apto à aplicação da técnica.

Além disso, nem sempre a rizotomia percutânea por radiofrequência é indicada como primeira opção de tratamento. De maneira geral, o médico prescreve medicamentos ao paciente, bem como a realização de fisioterapia.

Caso esse tratamento não surta o efeito esperado, com alívio da dor e melhora da qualidade de vida, o médico pode indicar o procedimento minimamente invasivo.

Rizotomia por radiofrequência: quais são os riscos?

O procedimento possui riscos, ainda que mínimos, mas que devem ser considerados pelo paciente. Há a possibilidade de ter um sangramento pequeno e infecção no local de acesso. Esse risco se torna maior quando o paciente não segue as orientações médicas.

O paciente também pode ter dormência em membros inferiores e na pele na região operada. Outra ocorrência é a de dificuldade para urinar.

É importante citar que as complicações da rizotomia são raras, pois se trata de uma técnica minimamente invasiva, muito diferente de uma cirurgia convencional.

Para reduzir ainda mais a chance de complicações do procedimento, faça com um médico de sua confiança e siga todas as orientações médicas.

Benefícios da rizotomia por radiofrequência

A rizotomia por radiofrequência proporciona benefícios em curto e longo prazos para o paciente. Um dos principais é o alívio da dor e melhora da sua qualidade de vida, conseguindo realizar atividades que antes tinha dificuldade.

Além disso, é um procedimento minimamente invasivo, portanto, mais seguro, com menor tempo de internação, recuperação rápida e menos dolorosa. Portanto, pode ser uma boa opção para tratamento de dor crônica na coluna.

*Este artigo é apenas de caráter informativo. Sempre consulte um médico de sua confiança!