Dor nas costas: 7 Respostas descomplicadas para as perguntas mais frequentes

outubro 16, 2023

O que você vai encontrar neste artigo:

Em algum momento da vida todos nós teremos dor nas costas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% da população já teve ou terá dor na coluna.

Ainda segundo a OMS, em 2020, 619 milhões de pessoas foram afetadas por um tipo comum de dor nas costas, a dor na lombar. A estimativa é que esse número suba para 843 milhões até 2050, conforme o aumento e envelhecimento da população.

Mesmo que seja um problema comum, é normal não ter conhecimento sobre a dor nas costas. Este é o seu caso? Então, confira este artigo que preparamos com as dúvidas mais frequentes sobre o tema e as respostas para cada uma delas!

1. O que pode causar dor nas costas?

Existem vários possíveis produtores de dor: incluindo músculos, tecido conjuntivo, ligamentos, cápsulas articulares, cartilagem, discos e nervos. Por meio de atividades diárias — exercícios, levantamento de peso, prática de um esporte, etc. — essas áreas podem ser puxadas, tensionadas, esticadas ou torcidas. É aí que surge a dor nas costas.

Mas não é só isso! A causa da dor pode ser um disco intervertebral que apresenta alguma anormalidade, como uma degeneração, protuberância ou mesmo a famosa e temida hérnia de disco.

Mesmo se o dano causado ao tecido é considerado menor — e provavelmente será reparado, a intensidade da dor pode ser bastante forte. Muitas vezes, há uma reação em cadeia que contribui para a experiência de dor.

No corpo, inúmeras substâncias químicas são liberadas em resposta à irritação ou lesão do tecido. Essas substâncias “estimulam” o nervo sensível circundante às fibras, resultando na sensação de dor. Algumas dessas substâncias químicas desencadeiam o processo de inflamação, ou inchaço, o que também contribui para a dor.

É importante citar que a falta de exercícios, o excesso de peso, o envelhecimento, a postura errada e doenças específicas, como as de coluna e reumáticas, também estão entre as causas de dores nas costas.

2. Quanto tempo geralmente dura um episódio de dor?

Infelizmente, a duração e a gravidade de um único episódio não podem ser previstas com base no início, localização da dor ou mesmo a inicial gravidade.

Existem três categorias gerais de dor — aguda, aguda crônica e recorrente. A boa notícia é que mesmo que a fonte exata da dor não seja determinada, geralmente a dor aguda diminui ao longo de um mês ou menos enquanto o tecido irritado das costas se recupera. Em geral, quase 80% dos primeiros episódios de lombalgia desaparecem em seis semanas.

A dor crônica, por sua vez, é descrita como um sintoma que dura por meses e muitas vezes é menos correlacionado com o tecido, danos, ferimentos ou outros fatores, como fraqueza muscular, peso corporal e estresse. A dor aguda recorrente é intermitente, vem e vai ou “inflama” de tempos em tempos.

É importante acompanhar o sintoma para identificar se melhora ou piora com o passar do tempo. De maneira geral, a dor nas costas demanda diagnóstico, tratamento e acompanhamento médico se durar meses ou piorar ao longo de semanas e meses.

3. Quando estou sentindo dores, devo ficar deitado e descansar minhas costas?

Na verdade, alguns dos melhores conselhos para tratamento da dor nas costas é sair da cama e permanecer ativo enquanto é possível tolerar o sintoma e incômodo.

Continuar a realizar atividades cotidianas pode parecer contraproducente, e a inclinação natural pode ser ficar no sofá e evitar atividades. No entanto, o movimento, segundo diversos estudos, pode ser exatamente o que você precisa para manter o sangue e os nutrientes fluindo nas áreas afetadas, inibindo a inflamação e reduzindo a tensão muscular. Como consequência, garante-se uma redução da dor.

Muitas pessoas que sofrem de dores nas costas descobrem que podem realizar atividades cardiovasculares habituais, como caminhar, apesar da dor e muitas vezes se sentem melhor.

Atividades mais vigorosas ou que não permitem o controle de movimentos, como levantamento de peso, esportes competitivos ou de contato, não são recomendados quando a dor é forte.

E quais exercícios são os melhores? Depende muito de cada caso, mas o alongamento para dor nas costas é sempre uma boa alternativa. Além disso, aulas de Pilates também são poderosas aliadas, desde que feitas sob a supervisão de um profissional.

Não sabe qual atividade física realizar para se manter em movimento mesmo tendo o sintoma? Então, consulte seu médico antes de realizar qualquer tipo de treino ou exercício.

Como saber se a dor nas costas é algo grave?

4. Devo usar compressa quente ou fria para aliviar a dor?

Gelo: reduz a inflamação ou o inchaço porque contrai os vasos sanguíneos e diminui o fluxo de sangue. Colocar uma bolsa de gelo na área (dentro de 48 horas) possivelmente ajuda no alívio da dor. Aplique uma bolsa de gelo por até 20 minutos a cada duas horas, mas lembre-se de proteger sua pele do congelamento usando uma folha fina ou toalha.

Calor: a aplicação de calor pode reduzir temporariamente a dor. Ele serve para ajudar no alongamento, assim como para acalmar os músculos das costas doloridos. Tanto calor seco (como almofada de aquecimento elétrico) como calor úmido (como um banho quente ou toalhas de vapor) ajudam a aliviar dor na coluna.

Mas qual método utilizar? O ideal é que faça um teste para descobrir qual a melhor alternativa para o seu caso. Se o sintoma não se amenizar com o passar dos dias ou piorar, procure um médico para dor nas costas.

5. Meu peso interfere na intensidade da dor?

Seu peso é um fator importante para manter a saúde da coluna e evitar complicações que podem provocar dor nas costas. Quando você se mantém acima do seu peso ideal, a gordura acumulada na região do abdômen converte seu centro de gravidade para frente, o que tensiona os músculos das costas. A recomendação é que você esteja sempre no seu peso ideal ou, no máximo, com 5 quilos a mais.

É importante citar que não é somente a obesidade que contribui para ter o sintoma ou doenças na coluna. A magreza extrema também é um risco para as costas, pois geralmente vem acompanhada de baixa massa óssea.

Alimentar-se de maneira equilibrada e fazer atividade física moderada ajuda a prevenir não só as dores nas costas, como também outros problemas de saúde. Portanto, é muito importante manter-se num peso adequado (considerando suas características físicas) e ter hábitos de vida saudáveis.

6. Faz diferença a posição que eu durmo ou meu colchão?

Sim, pode fazer diferença. É por isso que às vezes você acorda com dor nas costas e passa o dia com a sensação de que não dormiu direito, comprometendo seu desempenho.

Muitas pessoas não sabem que dormir de barriga para cima coloca aproximadamente 25 quilos de pressão na coluna, mas simplesmente deixando alguns travesseiros sob os joelhos é possível reduzir a pressão pela metade. Deitado de lado, o ideal é colocar um travesseiro entre os joelhos e isso também reduz a pressão na lombar.

Essas duas posições são as mais aconselhadas por médicos ortopedistas, sobretudo quando se toma os cuidados que citamos. A posição menos recomendada para dormir, e a com maior potencial de provocar dores, é a de bruços, ou seja, com a barriga para baixo.

Ao dormir de bruços, a coluna e o pescoço não ficam numa posição neutra, o que pode sobrecarregar a musculatura das costas e nuca, provocando dores. Logo, evite essa posição.

Sobre o colchão, a espuma e as molas funcionam juntos para fornecer suporte ao seu corpo enquanto você dorme. Hoje existem muitos tipos de colchões com diferentes densidades de espumas e os mais variados tipos de molas. Então, um único tipo de colchão não servirá a todo tipo de pessoa.

E como saber qual o melhor colchão para evitar dor nas costas? Não há receita pronta que se aplica a todo mundo, o ideal é testar antes da compra. Se não puder ir à loja, verifique se o fabricante oferece um período de teste no caso da compra, com possibilidade de devolução se não for a melhor alternativa para você.

De maneira geral, recomenda-se que o colchão não seja muito mole, a ponto de não dar a sustentação adequada ao seu corpo, principalmente à sua coluna.

7. Qual o melhor profissional para cuidar da minha coluna?

Há uma lista enorme de profissionais que podem cuidar de um problema de coluna, em alguns casos é necessário um trabalho em conjunto. De modo geral, indica-se a consulta com um médico ortopedista, que é quem diagnostica e trata doenças e lesões em articulações, ligamentos, músculos e ossos. Se houver necessidade, o profissional pode encaminhar o paciente para médicos de outras especialidades.

Em casos de dor causada pela estrutura da coluna, como a escoliose, a cifose ou a lordose, um ortopedista talvez seja o mais indicado e pro

Já nos casos de dores causadas por estruturas nervosas, por exemplo, uma hérnia de disco, há a possibilidade de um neurocirurgião especialista em intervenção da dor cuidar bem do caso.

Como prevenir a dor nas costas

Afinal, o que você pode fazer para prevenir a dor nas costas? Existem diferentes dicas que ajudam nessa tarefa, como as que indicamos a seguir:

Evite a má postura, corrigindo-a sempre que identificar que as costas não estão retas;
Faça atividade física regularmente, para fortalecer sua musculatura, aumentar a resistência física, proteger sua coluna e evitar dores;
Alongue-se durante o dia, principalmente ao realizar movimentos repetidos ou permanecer muito tempo na mesma posição;
Adote hábitos de vida saudáveis, principalmente na alimentação e exercícios;
Evite a sobrecarga da coluna, tendo cuidado com movimentos ao levantar objetos pesados.

Tratamento para dor nas costas

O tratamento para dor nas costas varia de acordo com o caso do paciente. Esse sintoma desaparece ou se ameniza ao tratar a causa da dor. Portanto, num primeiro momento o médico responsável pelo caso faz o diagnóstico e então indica a melhor abordagem.

É comum que o profissional comece por tratamentos conservadores, como o uso de medicamentos (se necessários), sessões de fisioterapia e outras técnicas que permitam eliminar ou controlar a causa da dor.

Caso nenhuma abordagem conservadora proporcione um bom resultado ao paciente, com melhora da qualidade de vida, o médico pode indicar a realização de cirurgia.

Há pacientes que têm medo do procedimento cirúrgico, mas existem alternativas que são muito mais seguras e benéficas: as técnicas minimamente invasivas.

Elas tratam doenças que causam dor nas costas, resultando no alívio ou eliminação do sintoma. Não demandam uma intervenção extensa, como acontece com cirurgias convencionais.

O procedimento minimamente invasivo é feito por meio de incisões pequenas e uso de tecnologias atuais que trazem precisão à cirurgia. Isso faz toda a diferença, proporcionando benefícios pontuais aos pacientes.

Entre eles, destaque para um menor tempo de internação, com alta no mesmo dia do procedimento (com possibilidade de ocorrer algumas horas após a cirurgia). Além disso, o pós-operatório é mais tranquilo, rápido e menos doloroso, possibilitando que o paciente retorne à sua rotina em pouco tempo.

Outro benefício é que a técnica minimamente invasiva conta com uma boa taxa de sucesso na eliminação ou alívio da dor crônica na coluna, possibilitando que o paciente volte a ter uma vida normal.

Se houver indicação de tratamento por técnica minimamente invasiva, é possível realizar o procedimento gratuitamente pelo convênio médico, caso tenha um. A NeuroSafe te ajuda a conseguir a autorização do plano de saúde. Aproveite para conhecer um pouco mais sobre nosso trabalho neste vídeo:

Entre em contato com a NeuroSafe, saiba onde encontrar um profissional especialista para tratar sua dor e conte com nosso suporte gratuito para obter autorização do convênio médico!

As informações aqui prestadas não dispensam diagnóstico médico por meio de consulta.

Bibliografia: North American Spine Society — Common Questions, Uncomplicated Answers.

Jornal da USP – Organização Mundial da Saúde alerta que 80% da população já teve ou terá dor na coluna.

OMS – Low back pain

>>> Dor na lombar: causas e tratamentos recomendados